—Desculpe-me, mas estou chegando ao fim…, — disse 2013— mas acho que ….
—Deixa de ser cara de pau!!! Que ano mais estranho!!! Deixei meio caminho andado e você sequer se dignou a dar continuidade… —avaliou 2012.
— Deixa disso, rapaz. Até parece que você cumpriu com todas as suas obrigações!
— Não foge da responsabilidade, não. Foi um aninho complicado: incêndios destruidores, atentados terroristas, desabamentos…
— Mas isso não é privilégio meu, nos anos anteriores aconteceu isso tudo…
— Bom mesmo fui eu que dei início às mudanças revolucionárias que mudaram o panorama do mundo… — gabou-se 1789, dono da revolução Francesa.
— De fato, você mandou bem, pena que…
— Ei, espera aí, vai agora querer se meter na conversa e atribuir o insucesso aos outros? — retorquiu 2013.
—Pois eu, 2012, tinha conseguido muitos avanços!!!
— Avanço!!! AVANÇO!!! FALA SÉRIO!!!
— Avanço eu vivi — fez questão de entrar na conversa o ano de1996— Lembram-se da Dolly, a ovelha clonada?
—É verdade… —concordou 2013.
— O fato é que 2013 pode até ter trazido algumas inovações, mas o nosso país deu uma parada, né? — perguntou 2012.
— Para com isso, pessoal! Não adianta ficar nesse jogo de empurra… não imagino ninguém que há de tirar minha importância da História— desafiou 1288 — afinal o relógio mecânico marca uma nova era na contagem do tempo e isso aconteceu comigo!!!
— 2013, e no campo da política brasileira? Tem como se defender dos embargos infringentes? —provocou 2012.
— E você que teve o Michel Teló como maior sucesso musical…
— Não provoca, 2013… e a Anitta??? PRE-PA-RA… —debochou 2012.
— Eu estava quieto até agora… estou chegando com toda essa carga pra corrigir… — já cansado, disse 2014 — vamos tentar pensar que a responsabilidade não é só nossa, né, pessoal… o ano é uma contagem de tempo, um número que organiza a vida dessa humanidade que vive na era cristã, mas que esquece de melhorar o tempo em que vive — filosofou barato o ano bebê.
— Tá bom, tá bom, vamos lá… 2013, vai saindo de fininho…
— Olha como fala comigo, 2014!
— Tudo bem, desculpe-me o jeitinho, mas já estou chegando, ouvindo as muitas esperanças das pessoas… eu até ouço, mas não posso fazer muita coisa…o ano dependerá delas. Só peço que entrem com mais calma, pensando em quem está perto, ajudando a quem precisa…
Nesse momento, o 2015 aparece, ansioso, e pergunta:
— Quem foi que inventou de trazer a Copa pro Brasil?