A caminho do trabalho, durante um ano, fiquei observando um abacateiro, entre janeiro e fevereiro esse pé de abacate ficava sempre carregado, e pelo jeito, o dono do pátio não estava muito interessado em seus frutos.
Sempre que passava por eles, ficava contemplando o seu tamanho, e fiquei desejando ter aquele abacate gigante, mais especificamente, que os abacates caíssem para que eu pudesse pegá-los, pois a árvore era muito alta. Ao menos umas duas vezes por semana, olhava para cima, desejando isso, imaginando aquele pseudofruto em um prato como guacamole, ou mesmo com açúcar.
Fiquei duas semanas sem ir ao serviço, aproveitando as férias, e quando voltei ao passar pela árvore, encontrei-a repleta de abacates, de tamanhos diferentes, mas principalmente de pequenas proporções, abacates pequeninos.
Para a minha surpresa, após o segundo dia de expediente, um dos abacates caiu a poucos metros de mim enquanto estava passando. Sem pestanejar, fui direto pegar o meu presente. Era um abacatinho verde, menor que a palma da minha mão. Pensei: “poderia ter sido um maior, já que demorou um ano para cair um”. Fiquei pensando com ele na mão e tomei o caminho de casa, alegremente.
Metade do ano se passando, resolvi refletir sobre os acontecimentos da minha vida nos últimos meses, melhor, no último ano. E o abacatinho me deu uma lição e tanto.
Quando algumas coisas parecem distantes para alcançá-las, nós não podemos simplesmente desistir, temos que avançar com nossa ambição, continuar olhando para o alto e imaginar que o seu desejo esteja a alguns passos de seus dedos, você precisa seguir imaginando algo sendo feito com seus sonhos.
No fim, por menor que o desejo pareça ser quando concretizado, ele realmente aconteceu, porque você não desistiu e ele poderá te ajudar a alcançar propósitos ainda maiores.
Nota da autora: Escrito em janeiro de 2014, editado em agosto de 2015, e minha vida deu um giro de 360º após esse texto.