Com grande parte dos moradores reclamando do cheiro, gosto e cor da água, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) decidiu enviar ao Ministério Público Estadual, e a autoridades representantes de diversos órgãos públicos do Estado, uma carta cobrando ações em relação à poluição e à origem das alterações no cheiro e no sabor da água em Porto Alegre.
O documento, endereçado ao Departamento Municipal de Água e Esgotos, à Secretária Estadual do Ambiente do Estado, à Assembleia Legislativa, à Câmara de Vereadores e ao Ministério Público, pede que medidas para combater a poluição no Guaíba sejam tomadas.
São cinco as principais solicitações da Agapan
A Agapan solicita que sejam intensificadas as fiscalizações para reconhecer todos os pontos contaminantes e substâncias poluidoras do Guaíba; feita uma análise para identificar a presença produtos tóxicos, pontos de contaminação, suspensas, em caráter emergencial, toda e qualquer atividade potencialmente poluidora que intensifique a poluição da água consumida pela população de Porto Alegre e demais cidades impactadas pela poluição de suas águas; que sejam multadas todas as empresas poluidoras; que seja estabelecido um fundo que possa contribuir para minimizar danos e fortalecer processo de fiscalização; que uma investigação, através de Inquérito Civil Público, a responsabilidade criminal dos poluidores e possíveis omissões de agentes públicos por crime ambiental e contra a saúde pública.
Entidade chama de indigna decisão de abandonar o Guaíba
Segundo a Agapan, não é digno de uma sociedade civilizada ter que abandonar um ponto de captação de água em função da Prefeitura não conseguir manter o avanço da poluição sobre o mais importante recurso hídrico de Porto Alegre. “Trocar ponto de captação é ser conivente com os poluidores. Sendo essa a única resposta que o poder público considera capaz de dar à nossa comunidade, exigimos que, no mínimo, os custos sejam pagos por quem polui e não pelos contribuintes, visto que a nossa população já paga todos os meses pelo direito de consumir água limpa e de boa qualidade”, salienta.
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