O Simers esteve ontem na ala psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS). Os médicos constataram que 28 pacientes dividiam o espaço de 14 leitos, sendo que alguns ficaram no chão. Na sala de observação da unidade os pacientes foram acomodados em colchões no chão. Dois pacientes adolescentes eram mantidos em consultórios, isolados dos adultos, seguindo determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Esta é uma situação crônica. A unidade convive diariamente com a superlotação, um problema que a prefeitura não consegue resolver. A superlotação e a ocupação de consultórios obriga a parar o atendimento das consultas”, explica o diretor do Simers, Jorge Eltz.
Dos 28 pacientes em observação na ala psiquiátrica do PACS, oito já tinham indicação médica de internação e leitos reservados em outras instituições. Aguardavam, porém, que a prefeitura providenciasse sua remoção.
Segundo os médicos que atuam na unidade, a demora nas remoções é mais um fator que contribui para a superlotação e a precarização do atendimento.