Minha viagem nem começou e já estou em pânico. Tudo porque, contatando a minha colega de PUC, Lirian Sifuentes, que já está nos Estados Unidos fazendo o doutorado sanduíche dela em uma cidade no Texas, descobri toda a angústia pré-viagem. E pelo visto, terei muitos momentos de pânico e angústia (e talvez um pouco de delírio) antes da viagem para Nova York, prevista para agosto. Aliás, depois de ler o blog que ela criou desde que chegou aos States umas três semanas atrás (welcometoaggieland.blogspot.com), eu mesmo passei a não ter tanta certeza da minha ida.
Está certo, até hoje todas as pessoas que conheci e que pretenderam ir para o sanduíche foram. Ou seja, como diria o Chapolim, não criemos pânico. Mas se vocês lerem o blog dela vão entender minhas preocupações. Primeiro, minha colega sofreu até receber toda a documentação necessária para pedir o visto e, depois disso, ainda sofreu até o último momento para conseguir o visto. Cada etapa burocrática resulta em uma série de ansiedades e, no meu caso, muito pânico e delírio.
O passo-a-passo para o sanduíche está descrito detalhadamente no blog (bem como há todas as orientações no site da Capes), porém, para o leitor saber a que pé está a minha situação, de todas as etapas previstas até ir para o sanduíche, eu cumpri apenas três (e teoricamente as mais difíceis): terminei meus créditos no doutorado, tive minha tese aprovada na qualificação e, esse sim o mais difícil e mais importante, consegui a carta de aceite do meu co-orientador da New York University. Agora tenho que conseguir o tal do DS2019 que é o documento que preciso para pedir o visto. Já solicitei na universidade, que ficou de me mandar há duas semanas, e até agora nada. Ou seja, o pânico está só começando…
Além disso, tenho outros problemas a resolver, como por exemplo, descobrir aonde vou ficar por lá, pois não conheço absolutamente ninguém em Nova York. Já pesquisei algumas coisas na internet, adicionei desconhecidos brasileiros que moram lá via Face, e contatei o Dodô Azevedo, do Fé na Estrada, que até agora não me respondeu. Também vi que tem um lugar da própria universidade reservado aos estudantes, o problema é saber se eu posso entrar nessa. Enfim, o tempo está passando, e agora, ao mesmo tempo em que o pânico vai crescendo, preciso me mexer…
Em meio ao pânico, nada como um bom livro para descansar a mente. Depois de ficar um bom tempo só lendo teorias, livros sobre jornalismo, etc, comecei a ler o Viver para Contar, do Gabriel Garcia Marquez. Em uma semana cheguei na página 200 de 470 e poucos. É muito bom e inspirador, apesar de não ser aquela coisa frenética do gonzo. Bom, acabou o espaço, então, vou voltar para o livro para depois voltar a incomodar os americanos em busca do tão sonhado DS2019.
Hasta!