Arrepender-se é normal, pressupõe um erro, uma falta ou, até mesmo, uma justificativa. Tem gente que se arrepende de algo que perdeu; de não ter feito aquela viagem em que todo mundo foi; de ter comido aquela pizza bem no meio de uma dieta; de comprar aquela bolsa que não precisava, mas era tão bonita! Quem nunca ouviu aquela célebre frase: “Me arrependo do que não fiz, jamais do que fiz” – a famosa frase dos justificantes!
Mas de uma coisa ninguém pode se arrepender: das palavras. Palavras jamais são esquecidas, ficam vagando pelo universo, na mesma velocidade com que são assimiladas.
Um “eu te amo” pode determinar o futuro de duas pessoas; um “não” pode determinar o caráter de uma criança e um “sim” o futuro promissor de um jovem empreendedor. Um “eu te odeio” pode levar a mágoa eterna, um “eu te amo” a um bem estar inebriante.
Palavras servem como instrumento poderoso, através delas governam-se povos; revoluções foram feitas através das palavras.
Relacionamentos são firmados através das palavras: um “eu aceito” pode iniciar uma família e através dela os destinos de várias pessoas. Mas se dessas palavras há um arrependimento pessoas serão infelizes. Uma palavra amiga pode salvar uma pessoa do desespero.
Saber o que falar no momento certo não é sempre fácil, mas o cuidado com o que se fala deveria ser um princípio básico das relações humanas, jamais deveria ser passível de arrependimento.