Joguinhos, Youtube, Facebook, MSN, e-mail, Orkut e uma infinidade de informação a disposição 24 horas por dia. Olhando apenas para a telinha do computador, uma criança pode aprender e se conectar com diversas pessoas. Mas é importante também saber os perigos do uso exagerado do computador. Como previnir? Para esse grupo de crianças da Zona Sul, a resposta é simples: “Nos levem para brincar na pracinha!”.
Eles são alegres, pensam rápido e tem sempre a resposta na ponta da língua. Luísa Almeida, Arthur Soares, Kaiky Furtado e Leonardo Matner estão no 3º ano e todos eles gostam de brincar no computador. As quatro crianças fazem parte de um grupo que tem crescido muito nos últimos anos. De acordo com a Nielsen, empresa que faz pesquisas sobre mídia no Brasil e no mundo, entre os anos de 2004 e 2009 o número total de usuários de computador cresceu 10%, o de crianças cresceu 19%.
Luísa se conecta para procurar material para seus trabalhos da escola mas, sem ser isso, prefere brincar com seus amigos. “Ficar trancada dentro de casa, mexendo no computador, não é muito a minha praia”. Já Arthur, ao contrário, não gosta de usar o computador para fazer trabalhos da escola. “Não uso muito para pesquisa, só quando é muito urgente”, explica. O que o Arthur gosta mesmo é de ver vídeos no Youtube. “Pode ser de música ou de desenho, gosto dos dois tipos”.
Controle dos pais > Outro número relevante é o de horas que as crianças usam computador. Enquanto em 2004 as crianças ficavam, em média, 7 horas por mês em frente ao computador, em 2009 as crianças ficaram em média 11 horas conectadas. Esse número só não foi maior porque muitos pais optaram por controlar as horas de acesso dos seus filhos.
Com uma coleção “legal” de livros em casa, Kaiky prefere usar a internet apenas para jogar. Mas ele não pode ficar muito tempo na frente do computador. “A minha mãe controla o tempo que eu uso”.
Leonardo também não pode ficar muito tempo na frente do computador. Primeiro, ele precisa terminar as tarefas da escola. “Mas se eu to no final de semana, fiz as minhas tarefas, eu posso ficar mais um pouco”.