A cada mês recebo a “visita” de um senhor a beira dos seus 83 anos. Entre tantas conversas ele sempre demonstra o orgulho que tem em ser totalmente independente, podendo sair na rua sozinho seja a pé ou no seu automóvel. Mas nos últimos tempos o sorriso deu lugar a um semblante de preocupação e insatisfação. Seu médico lhe deu o diagnóstico de inicio do mal de Alzheimer, a qual é uma doença neuro-degenerativa. E mesmo estando devidamente medicado e com todos os auxílios necessários, o médico, como precaução, lhe proibiu de dirigir.
E ai vem à pergunta: até quando dirigir pode ser considerado seguro para o idoso? Quando se discute essa questão não pode ser ignorada a possível fragilidade do idoso, sendo está típica da senescencia ou decorrente de alguma senilidade devido à idade. Nessa faixa etária a atenção e o reflexo, que é o tempo de reação, diminuem e devem ser levados em consideração.
Muitas vezes o “não dirigir” vem como uma medida de proteger o próprio idoso e não com a finalidade de lhe tornar dependente. Especialistas afirmam que o condutor que pretende estar apto a dirigir por muitos anos deve realizar algum exercício físico, promovendo a integridade dos músculos e dos ossos. Outra importante dica é manter a mente em atividade, através da leitura e escrita.
Independente da idade, o equilíbrio, a força muscular, o raciocínio lógico e o córtex motor devem ser explorados. Bem como casos de hipertensão e diabetes devem ser controlados corretamente, para que não haja desmaio decorrente de um pico de hipertensão e de picos de hiper ou hipoglicemia devido à má alimentação e o uso incorreto de medicamentos.
Uma grande parcela dos idosos dirige bem, a idade traz consigo prudência e calma. Dessa forma a idade não deve ser um fator determinante para parar de dirigir e sim as condições físicas e mentais da população como um todo.