O corredor de ônibus da zona Sul tem gerado mais discussões do que afirmações. Criado para dar mais fluidez ao trânsito nos bairros que ligam a zona Sul ao Centro, a iniciativa interrompe o fluxo de veículos particulares em uma das faixas nos dois sentidos das vias a fim de facilitar o deslocamento do transporte coletivo. Contudo, um grande número de motoristas e passageiros ainda está relutante em aceitar que a medida irá diminuir o tempo de deslocamento entre os bairros.
EPTC: resultados serão positivos
Para o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, as avaliações, que serão concluídas na próxima terça-feira, 26, devem apresentar resultados positivos. Ele explica, contudo, que algumas linhas rápidas e diretas tiveram alguns atrasos em menos de 10 minutos no pico da manhã. “Nossos técnicos de transporte estão acompanhando diariamente as operações para verificar as viagens e o atendimento”, salienta. O corredor tem 45 linhas e oito são rápidas. Em algumas viagens há um ganho de até 15 minutos nas viagens.
Cappellari lembra que o corredor foi implementado a fim de garantir uma maior agilidade no transporte público. A expectativa é de que mais de 125 mil passageiros pessoas sejam beneficiados com a utilização do corredor de ônibus.
Projeto do corredor foi idealizado depois de estudos
A ideia do corredor eixo-Cavalhada partiu de estudos realizados através de contagens veiculares, de passageiros, e análises de tráfego. Baseado nesses estudos, a EPTC pensa em soluções para a mobilidade urbana. O corredor de ônibus é uma medida que visa priorizar os passageiros do ônibus da Zona Sul com mais agilidade nas viagens.
“Sabemos que o número de carros aumentou muito nos últimos anos e hoje não existe espaço para transitar com agilidade pelas vias se todos, ao mesmo tempo, circularem com seus veículos particulares. Nós não somos contra o uso do carro, até porque essa é uma realidade com a qual temos que conviver. Mas queremos que mais pessoas utilizem o transporte coletivo e que aquelas que optarem por essa mudança de hábitos sejam beneficiadas com agilidade e qualificação do transporte público.”
Vanderlei Cappellari
Mas há ainda muito a ser feito para que o sistema funcione plenamente. De acordo com Cappellari, ainda há casos de desrespeito de alguns motoristas, principalmente. “Seguimos na fase de orientação nesse sentido, de respeitar o espaço dos ônibus. Depois de duas semanas, vamos intensificar o monitoramento e a fiscalização, autuando quem não respeitar o corredor prioritário”, alerta.
Motoristas de ônibus aprovaram a medida
Os maiores atingidos pela nova medida são os motoristas de ônibus, que trafegam diariamente pelo local e conhecem como poucos a situação caótica do trânsito na zona Sul. Para eles, de acordo com o presidente da EPTC, a avaliação é positiva. “Nos primeiros dias, ocorreram alguns problemas de atendimento que nos foram relatados. Mas, hoje, a maioria das 45 linhas já atende satisfatoriamente, segundo nos relatos das empresas”, explica.