No capítulo anterior, a criação do Centro Cultural Zona Sul (CCZS) estava a ponto de ser concluída. Numa demonstração de boa vontade e de entendimento, o Governo do Estado e a direção do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção, conhecido como CCD, já haviam sentado à mesa de negociação e um plano de ação para os próximos 5 anos foi protocolado e aguardava os trâmites burocráticos para a assinatura do convênio. O mês era junho de 2014 e tudo parecia que, desta vez, daria certo.
Entretanto, os meses foram passando e a ano foi antevendo seu final. E com ele, o final do governo de Tarso Genro. Uma ou outra reunião para acertar alguns detalhes, até o fatídico encontro de meados de outubro, quando houve a determinação de recomeçar todo o processo, vinda do departamento de patrimônio da Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos. Apesar do tempo ser exíguo, as entidades que estão propondo a criação do CCZS apresentaram novamente toda a documentação para que um novo convênio fosse firmado. Mas não houve tempo hábil para sacramentar aquilo que, de fato, já vem sendo desenvolvido.
Agora, um novo Governo de Estado assume e outra rodada de negociações deve acontecer. A equipe de transição no âmbito da cultura fez um levantamento da situação e pediu sugestões para os diversos segmentos do setor, demonstrando buscar a construção de políticas culturais em conjunto com a sociedade. Assim, nossa demanda já é conhecida da atual Secretaria da Cultura e aguarda a definição dos cargos, para retomar de onde se parou, ou mesmo que uma nova orientação seja dada, para finalmente oficializarmos o Centro Cultural Zona Sul.
Enquanto isso, O CCZS segue desenvolvendo atividades propostas pelas entidades que lá estão sediadas. O ano de 2014 foi bem movimentado. Teve apresentação e filmagens de curta-metragens, de shows musicais – com destaque para Thiago Ramil e Apanhador Só, Sarau Literário, palestras, exposições, a vinda do Projeto Vizinhança, entre outras atrações, encerrando o ano com a Semana Natalina.
O CCD mantém-se como um canal de comunicação entre a comunidade e a administração pública, canalizando as demandas dos moradores da região. Tem plantões às quintas-feiras, pela manhã e cede seu espaço para encontro e reuniões de associados. Já a Associação dos Escultores do Rio Grande do Sul (AEERGS) oferece oficinas de escultura e já projeta novas exposições. A Associação dos Artesãos da Feira do Artesanato da Tristeza (AAFAT), desenvolvendo atividades ligadas ao fazer artesanal, também tem previsão de cursos. A 1º Região Tradicionalista do MTG, com uma programação mais direcionada ao tradicionalismo, abre muitas de suas atividades à comunidade.
Esperamos que 2015 traga o epílogo para a longa novela que se transformou a oficialização do Centro Cultural Zona Sul. Quem sabe o novo Governo do Estado – já a quarta gestão sucessiva com a qual se conversa – dê a devida atenção a essa demanda antiga, ouvindo a sociedade e transformando o sonho em realidade. Vai que é tua Victor Hugo!!!!!