A comunidade do bairro Teresópolis está preocupada com a situação do Ginásio de Esportes Lupi Martins. Moradores reclamam de goteiras no telhado e irregularidades no piso. O local pertence à Prefeitura Municipal e foi cedida à comunidade pela Secretaria Municipal de Esportes (SME) para a realização de atividades esportivas.
Cerca de 120 crianças e 80 adultos frequentam gratuitamente o espaço durante o dia e à noite. Para os mais jovens são disponibilizadas aulas de judô e ginástica artística. Além de caminhadas, alongamentos e ginástica para os mais experientes. Segundo o professor da SME e coordenador do ginásio, Rodrigo Lunardi Carreno, que há mais de três anos tenta resolver os problemas de estrutura no local, atividades como futebol, voleibol e basquete não estão mais sendo praticadas. “Com o tempo, as goteiras do telhado desqualificaram o piso, levantando raspas de madeira, e tivemos que cancelar os esportes de quadra.”
No entanto, as aulas de futebol eram as que recebiam o maior número de crianças, e muitas delas deixaram de ir pela impossibilidade de jogar. De acordo com Carreno, o esporte é utilizado como forma de inclusão social e com o objetivo de evitar que as crianças fiquem na rua e se envolvam com o tráfico. Por isso, “o primeiro pleito é arrumar o telhado”.
O projeto conta com o apoio das famílias que “por causa da violência e do deslocamento levam os jovens ao ginásio”, explica o coordenador. Em 2010 foi criada a Associação Amigos do Ginásio (Alupimar), formada pelos pais e alunos, que auxiliam na gestão do local. Um dos integrantes da Associação, Daniel Elizandro dos Santos, conta que há uma contribuição espontânea das famílias conforme as possibilidades financeiras. “Não é exigido um valor porque nós trabalhamos com muitas crianças carentes.”