A aceitação da idade e de tudo que ela traz consigo é fator fundamental para o bem-estar do idoso. Quando isto não ocorre, e a pessoa passa a ver a idade e suas conseqüências como um problema, ela acaba entrando em um quadro de sofrimento psíquico que pode acarretar em depressão. Conforme a Organização Mundial de Saúde, cerca de 15% de idosos apresentam alguns sintomas depressivos e cerca de 2% deles tem depressão grave.
A depressão pode causar desordens de comportamento, na afetividade e no humor. Com o processo de envelhecimento, temos a fragilização generalizada, movimentação e equilíbrios debilitados e por existir, preconceitos em relação às doenças mentais e à velhice, é difícil diagnosticar e administrar o tratamento. Contar várias vezes aquela velha história da família, perder o sono e o apetite são sinais que por falta de conhecimento, são associados à demência entre idosos. No entanto, em muitos casos eles são indícios de um quadro depressivo em pessoas acima dos 60 anos.
As duas maiores causas da depressão nesta idade são: a perda do cônjuge, fazendo com que o idoso perca o otimismo e o senso de significado, sentindo assim tristeza e solidão; e problemas de saúde como a perda da memória, pois o mesmo acaba se tornando dependente e acha que não tem tanta importância social e na família como quando era jovem.
A depressão na terceira idade é uma questão de saúde pública e deveria haver um planejamento de aposentadoria incluindo atividades de lazer dentro e fora da família, relacionadas à rotina de saúde. Assim, a saúde mental do idoso estaria cada vez mais preservada.