O Diabetes Mellitus é uma das doenças crônicas (aquela não resolvida em um tempo curto) que mais avança entre a população mundial. Independente da idade, ela é considerada mais grave quando não é controlada. Porém, na terceira idade ela pode ser um agravante em relação à presença de outras doenças que podem dificultar o controle da glicemia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 33% da população brasileira dos 60 aos 79 anos de idade têm diabetes ou alguma alteração relacionada à glicose. Nos idosos a doença caracteriza-se pela deficiência relativa de insulina (hormônio produzido pelo pâncreas) no organismo, levando a um aumento de açúcar no sangue (glicemia), conhecida como Diabetes tipo 2, a qual muitas vezes não causa sintomas durantes muitos anos e, por isso, não é diagnosticada corretamente.
Seus primeiros problemas notáveis são: desânimo, fome e sede intensa, aumento do volume da urina (urinar em grande quantidade, principalmente, à noite), feridas que demoram para cicatrizar e alterações na visão. E o não controle da doença pode causar cegueira, amputação dos membros, insuficiência renal (podendo precisar de hemodiálise), derrame cerebral, disfunção erétil e úlcera nos pés. Os riscos de incontinência urinária, quedas e demências também podem aumentar.
Apesar do Diabetes não ter cura, é possível levar uma vida praticamente normal, seguindo as orientações dos médicos. Já existem diversos medicamentos que ajudam a manter normais os níveis de açúcar no sangue. Além da medicação, alguns cuidados são essenciais, por exemplo, a pele do diabético pode ficar muito seca e devem-se usar óleos ou loções hidratantes. Examinar os pés diariamente para procurar ulcerações, feridas, manchas azuladas, caroços, bolhas ou outras alterações pode evitar graves infecções e trombose.
Verificar sozinho os níveis de glicose no sangue em casa e anotar os resultados é importante para avaliar se o diabetes está sendo controlado. As sessões de exercícios visam melhorar o controle glicêmico. Os exercícios aeróbios, como caminhar, pedalar, correr, nadar e dançar e os exercícios resistidos como a musculação são de suma importância para o controle do peso do diabético.
E o principal cuidado para o diabético: a alimentação. Deve-se priorizar uma alimentação rica e variada, com carboidratos integrais (pão, macarrão e arroz) e comer a cada 3 horas. Segue abaixo algumas dicas sobre o que evitar e o que priorizar na alimentação quando se tem diabetes. Com os devidos cuidados e disciplina, o diabetes não interfere no dia a dia.
Alimentos a serem evitados:
Açúcar, frituras, abacate, bebidas alcoólicas, chocolate, doces, mel, melado, rapadura, tortas, refrigerantes, sorvetes cremosos, carnes gordurosas, manga, pele de aves, embutidos (salsicha, linguiça, salame, mortadela),jaca, industrializados (sopas em pacote, atum e sardinha enlatados, caldo de carne concentrado), condimentos.
Não combinar com o arroz: beterraba, mandioca, mandioquinha, cará, abóbora.
Liberado para comer:
Frutas: maçã, pêra, laranja, mamão, melão, banana.
Verduras: acelga, escarola, almeirão, brócolis.
Legumes: abobrinha, vagem, chuchu, cenoura.
Óleo vegetal: algodão, girassol, milho, soja.
Carnes: bovina magra, peixe, frango (assados, grelhados ou cozidos).
Bebidas: leite, café, chá, suco de limão, refrigerantes dietéticos.
Produtos industrializados: queijo fresco (tipo minas), margarina, iogurte, geléia dietética, bolacha de água, torrada não doce, pudins com adoçante, gelatina dietética.