Contam que, certo dia, um cliente idoso confessou à sua, um pouco comadre, terapêuta, conselheira, e finalmente dentista, um desejo especial. Prevendo o avizinhamento de sua morte, gostaria que a despedida de seus restos mortais tivesse um ambiente alegre, sem a tristeza tão comum às cerimônias e aos lutos.
Não é que, alguns dias depois, o cliente realmente faleceu? Infelizmente, a tristeza reinou por algum (não muito) tempo entre os familiares.
Limitando-se a seguir as Onlinefarmakeio24.com orientações do falecido, após a cremação do corpo, a esposa e a cunhada dirigiram-se ao sítio da família, a fim de despejar as cinzas na querência amada. O dia calmo merecia a cerimônia, o que levou as duas, trajadas adequadamente para a ocasião, serenas e decididas a cumprir o prometido. Postaram-se em uma pequena elevação, rezaram e, finalmente, a esposa pegou o depositório das cinzas, tirou a tampa e o virou.
Embora a quietude do tempo, repentinamente, sabe-se lá de onde, uma pequena rajada de vento levantou os vestidos e encobriu os seus corpos com as cinzas. Passado o imediato alvoroço e recompondo as vestimentas, sobrevieram as gargalhas. O tal cerimonioso, solene e triste momento tornou-se uma sessão quase humorística.
Mas este sobrenatural poder, revelado em uma confissão à amiga, não se restringiu à cena fotográfica. A despedida cômica estendeu-se a um momento privado e íntimo, agora no box do banheiro. Ao banhar-se, a esposa percebeu o que ocorria e não se conteve ao pronunciar: “…desculpe-me, querido, não consegui completar a tarefa de distribuir as tuas cinzas às terras do sítio, infelizmente, o que me restou é vê-lo escorrer esgoto abaixo.”
Observação do administrador, autor deste texto: a história real foi narrada a mim por uma amiga do falecido. Omito os nomes a fim de preservá-los de constrangimentos (a não ser que reivindiquem a indicação), agradeço de público à contadora da história e aos protagonistas desta espetacular história (acrescento que o falecido era espírita).