Fotografia cedida por: Dado Braz
A sociedade moderna estruturou nossos relacionamentos de uma maneira que nossos pais não mais nos obrigam a casar com fulano de tal, de tal família, ou com quem eles teriam benefício econômico, comercial ou financeiro, conveniência que era estabelecido por classes, ou por dotes de noiva.
Atualmente, nós fizemos nossas próprias escolhas, cegados pela paixão, ou escolhas conscientes por novas expectativas, interesses em comum, maneira como nos sentimos quando estamos perto dessa pessoa, planos e combinações favoráveis a ambos, mas, principalmente, pelos erros e acertos que nós tivemos no passado, fruto dos antigos relacionamentos que experienciamos. Todos aqueles relacionamentos que por menores que tenham sido como uma transa após festa, até aqueles que duraram longos dez anos de namoro, mais dois anos de noivado, e casamento terminado em três meses.
Porque cada pessoa e o tipo de relacionamento que terá, sempre serão realmente diferentes. Não estou dizendo que você vai construir a partir de agora um Frankenstein, corpo e rosto de um astro hollywoodiano, e pensamentos do tio da padaria. Estou falando que a partir de todas as nossas experiências (e ainda bem podemos experimentar hoje) nos levam a mudar o pensamento, sermos menos intolerantes a pequenos defeitos que nos causam mal, e mais tolerantes com aparência e tipo físico. Não é a quantidade que conta, aquele tempo que você transava muito mais (e talvez, com pessoas diferentes), mas sim a companhia para assistir Breaking Bad, a parceria da cozinha (faço a comida, você lava), a cumplicidade de um banho a dois, o carinho do dormir enroscados com a mesma coberta, tentando não deixar o outro passar frio com o calor do próprio corpo, essa cumplicidade que devemos ter no dia-a-dia é a que vale a pena.
Enfim, todas aquelas escolhas, por mais erradas do que certas que fizemos ao longo do tempo, nos levam a fazer uma escolha mais tranquila, um aprendizado que ambos coloquem na balança, e acabam ficando até este momento mais equilibrado para seguirem os caminhos dessa vida, andando de bicicleta de mãos dadas com nossos animais de estimação por um caminho de areia, talvez até desviando das ondas sem muito esforço e cantarolando “All you need is love” e pensando: “Entre todos meus erros e acertos ainda bem que encontrei você”.
Lindo texto, belas e verdadeiras palavras!!