Menos famílias gaúchas estão endividadas. A informação é da Fecomércio que divulgou ontem que o percentual das famílias com dívidas é de 63,9% em janeiro, enquanto o verificado em janeiro de 2012 alcançou 68,5%. Para o presidente da Fecomércio, Zildo De Marchi, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC, que ouviu 600 famílias de Porto Alegre, comprova uma tendência que já era esperada pelo comércio. “Este crescimento já era esperado, pois o período em que ocorre a pesquisa – 10 últimos dias de cada mês anterior – foi fortemente influenciado pelas compras de Natal, que aumentam gastos atípicos e fomentam a formação de dívidas”, explica o Presidente do Sistema Fecomércio-RS, Zildo De Marchi.
Endividamento entre famílias com renda inferior aumentou

Ainda na comparação com o mês anterior, nas famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, o percentual de famílias endividadas passou de 61,5% em dezembro de 2012 para 67,1% em janeiro de 2013. Nas famílias com rendimento superior a 10 salários mínimos, também ocorreu aumento nessa base de comparação, passando de 41,3% em dezembro de 2012 para 50,5% em janeiro deste ano. Já, o número de famílias que se declara muito endividada apresentou leve redução, passando de 13,8% em dezembro do ano passado para 13,2% em janeiro deste ano. O número foi coerente com a queda do percentual de famílias que compromete mais de 50% da renda, que por sua vez, apresentou nova forte queda, passando de 7,8% em dezembro para 2,4% neste mês. A parcela da renda comprometida com dívidas apresentou nova diminuição, passando de 24,7% em dezembro para 23,2% em janeiro. O tempo médio de comprometimento com dívidas apresentou nova queda, passando de 6,8 meses em dezembro do ano passado para 6,2 meses em janeiro de 2013.
Cartão de crédito ainda é o vilão na hora de pagar as contas
Conforme a pesquisa, o cartão de crédito continua liderando o ranking, representando 80,4% das dívidas, seguido pelos carnês (22,4%) e cheque especial (17,7%). “Como as famílias podem ter mais de um tipo de dívida, a soma supera os 100%”, ressalta Zildo De Marchi. O percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso em 30 dias apresentou redução em relação ao ano passado, passando de 10,2% em janeiro de 2012 para 5,9% em janeiro de 2013, por outro lado o percentual de famílias com contas em atraso passou de 24,2% em janeiro de 2012 para 27,7% em janeiro de 2013.