No mês de setembro, a partir deste ano, haverá um movimento de conscientização da população sobre a realidade do suicídio, chamado “Setembro Amarelo”. No Brasil, são aproximadamente 12 mil casos por ano, o que dá uma média de 32 suicídios por dia. Destes, 90% são previsíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A maior taxa de suicidas é do sexo masculino e com as taxas mais altas entre os idosos. Entre os anos de 1980 e 2005, o Brasil apresentou uma média de 4,12 suicídios para cada 100 mil idosos (o dobro da população em geral), com tendência de crescimento entre os homens e aumento progressivo com o avanço da idade em ambos os sexos.
Devemos olhar nossos idosos com integralidade, a fim de observarmos que o suicídio não se limita a uma só razão e traz consigo problemas relacionados à saúde física e mental, bem como, um contexto social que motiva o tal ato. Depressão, transtornos mentais e comportamentais e condições físicas limitantes são fatores de riscos para o suicídio do idoso, assim como, fatores socioculturais e socioeconômicos. A dificuldade e a aceitação diante do envelhecer, o alcoolismo, a perda de pessoas queridas e o isolamento social são condições que devem ser tratadas com cuidado.
A participação de amigos e familiares na prevenção dessa violência é fundamental. É importante o idoso ser acolhido e atendido por profissionais da saúde capazes de auxiliar no cuidado para que a tentativa de suicídio não ocorra. Escutar, observar e falar são os melhores remédios em busca pela vida.
Para maiores informações o CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza desde 1962 um trabalho voluntário de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone (141) e mais recentemente pela internet (http://www.cvv.org.br/site/chat.html) sem vinculação política ou religiosa.
Lembre-se: O idoso é parte de nossa família, amor, carinho e respeito são capazes de evitar um processo que desencadeie em uma morte prematura.