Usuários das atividades de recreação e lazer em Porto Alegre realizaram aula pública no Paço Municipal, na manhã dessa quarta-feira (21/11), para defender a manutenção dos professores de educação física que atuam nos projetos. O protesto foi organizado pela Frente Parlamentar em Defesa do Direito Social ao Esporte, Recreação e Lazer, da Câmara Municipal.
Simpa chama de desrespeito
Durante os exercícios, foi lembrado que o serviço de recreação pública da Capital foi pioneiro na América Latina, tendo início em 1927, na região do Alto da Bronze. “Essa história não vai acabar na ponta da caneta”, disse o educador físico, professor Rondom.
“A retirada dos professores é um desrespeito com os cidadãos de Porto Alegre, que deram a sua contribuição para a construção da nossa cidade. Estamos falando de um serviço que conta com um volume reduzido de recursos públicos e que beneficia muitas pessoas, com atividades de saúde preventiva. Não são 20 a 40 professores que irão resolver a destruição que a Smed promoveu na Educação. Faltam 600 professores na rede, e não são somente os de educação física”, enfatizou o diretor geral do Simpa, Jonas Reis.
Secretário recebeu idosos
O secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Articulação Política (SMRI), Carlos Siegle, recebeu o grupo de idosos para tratar do retorno dos professores que dão aulas para crianças e idosos nos parques e praças para as salas de aula em escolas administradas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). A administração das atividades esportivas é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE).
“Ouvimos hoje os representantes dos alunos de atividades esportivas do Parque Alim Pedro, Praça Darci Azambuja, Ginásio Tesourinha, Cevi, Cecores, Cejeb, Cecopam e explicamos que há uma ação do Ministério Público (MP-RS) determinando o retorno de todos os professores cedidos da Smed e que estão atuando em secretarias municipais, devido à falta de professores nas escolas”, disse Siegle. A situação dos professores será analisada pelo CGDEP (Comitê para Gestão de Despesas de Pessoal) nos termos das ordens de serviço 011 e 012/2018, emitidas pelo Executivo, levando em consideração também a necessidade de suprir a falta de docentes nas escolas. Além disso, o Executivo enviou à Câmara de Vereadores projeto de lei para a contratação emergencial de professores. De acordo com Siegle, em 15 dias, uma nova reunião será realizada para discussão dos retornos obtidos com o MP e decisão de como ficará a permanência ou não dos professores para os equipamentos.