Há cerca de um ano eu conheci o trabalho da Lenita Antoniolli. E minha primeira impressão com relação a ela foi de surpresa: “Como uma pessoa consegue se dedicar tanto a uma causa e com tanta paixão?”. Quase que diariamente eu a via em posts no Facebook pedindo ajuda para animais abandonados, levando um animal para tratamento, buscando outro em condição de abandono, arrecadando ração ou medicamentos. Fui me encantando por tudo o que ela fazia e mais ainda por ver o quanto ela era abnegada no que fazia. Seus pedidos de ajuda financeira sempre eram precedidos de uma clara e extensa prestação de contas do quanto havia sido arrecado e gasto.
Isso tudo para explicar para você porque hoje essa entrevista não é assinada pela Redação Meu Bairro e sim por mim, Letícia Mellos, editora do Portal. A vinda da Lenita para o nosso projeto como colunista muito me orgulha. Tratar das questões dos direitos dos animais é importantíssimo e nós queremos fazer a nossa parte.
Confira as duas primeiras edições da coluna da Lenita no Portal aqui e aqui.
Meu Bairro – Há quanto tempo tu trabalhas em defesa dos animais?
Lenita Antoniolli – Atuo como protetora desde 2007. Antes eu apenas ajudava na medida do possível, como através da doação de ração, incentivando a adoção aos parentes e amigos ou fazendo de minha casa lar temporário (LT) para animais abandonados.
MB – Por que trabalhar em defesa dos animais?
LO – Os animais, ao contrário das pessoas, não tem a capacidade de ajudar-se entre si. Sentem fome, frio, ficam doentes, mas não conseguem expressar essas necessidades. Trabalhar na defesa dos animais é enxergar além dos olhos. É traduzir o que se passa na alma desses animais.
MB – Qual a história que mais te chamou a atenção desde que começaste a trabalhar com a defesa dos animais?
LO – Todas as histórias são únicas e me despertam sentimentos diferentes. Mas duas em particular me emocionam muito, a história do Pingo, cachorro cego que superou suas deficiências e hoje vive como um cão normal e da Bárbara, cachorrinha encontrada com o corpo queimado e enterrada ainda viva. Ambos ainda não foram adotados e se encontram em casas de passagem.