Se a tarifa aumentar, apenas 30% da frota voltar às ruas, a população será prejudicada. Em nenhum dos cenários que está se configurando na greve dos rodoviários os porto-alegrenses serão atendidos no que mais precisam: um valor baixo de tarifa e a disponibilização de frota para transporte.
A último ato do impasse é a manutenção da greve total, mesmo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em determinar que 100% da frota volte a circular já que considerou ilegal a greve. De acordo com decisão do TRT, o não cumprimento da decisão implica em multa diária de R$ 50 mil para o sindicato, pela ilegalidade da grave.
Greve segue sem previsão de solução
Os rodoviários terão hoje à tarde uma nova reunião no TRT, entre o sindicato patronal, sindicato dos rodoviários, Ministério Público do Trabalho e representantes da prefeitura. A ideia é resolver o impasse e conquistar, ao menos, a volta de 30% da frota ao seu funcionamento. Desde o início da greve, a EPTC prossegue com seus agentes de fiscalização nas ruas, com orientações à população em geral. Houve a decisão de liberação dos corredores para a circulação dos lotações, com passageiros em pé. Foi liberado o corredor da Av. Cavalhada aos veículos em geral nos horários de pico.
Piquete em frente à Carris impede ônibus de atender a população
Ontem à noite a Companhia Carris Porto-Alegrense, uma das empresas de transporte da cidade, convocou seus colaboradores a comparecer em seu horário de trabalho. A medida foi tomada em virtude de decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que considerou ilegal a greve dos rodoviários. Contudo, muitos trabalhadores acataram o pedido do sindicato e não se apresentaram hoje. Os que estão na empresa, não conseguem sair pois há um piquete em frente a saída dos ônibus de rodoviários favoráveis à greve e que não liberam a saída dos veículos. A Brigada Militar está no local e tenta intermediar a situação.