Os moradores representados pela Associação de Mulheres Anita Garibaldi que ocupam área na Avenida Doutor Campos Velho, no bairro Cristal, receberam uma má notícia na tarde de hoje. A reunião realizada na tarde de hoje na Câmara de Vereadores, contou apenas com a presença do diretor-geral do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), Jorge Luís Dusso, além de representantes da comunidade e alguns vereadores. Sendo assim, nenhuma decisão foi tomada.
Conforme lembrou Rosaura Batista, presidente da associação, as famílias que residem no local não ocuparam a área de forma indevida: “Fomos levadas para lá pela prefeitura em 2002 e, desde então, esperamos uma solução”, explicou. Atualmente, moram no terreno 41 famílias. A expectativa é de que na próxima reunião da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab), um número maior de pessoas compareça.
Na reunião, o vereador Dr. Humberto Goulart (PTB) lembrou que uma das características dessa comunidade é de ser, em sua maioria, formada por famílias chefiadas por mulheres. “Precisamos da participação de várias secretarias para encaminhar a questão”, disse. Goulart destacou ainda que, para a reunião da Cuthab nesta tarde, também foram convidadas as secretarias municipais de Governança Local, de Planejamento e do Meio Ambiente, além do Departamento de Esgotos Pluviais e a Empresa Pública de Transporte e Circulação, mas elas não compareceram.
Dusso, do Demhab, explicou que o Departamento somente poderá dar sequência a um projeto habitacional para a comunidade após ser definida a canalização do Cavalhada, feito o desgravame da rua e ultrapassada a norma técnica que prevê margem de cinco metros em caso de canalização de arroios. “Sem vencer estes desafios técnicos, fica muito difícil fazem um projeto habitacional lá”, salientou.
A comunidade reivindica a construção de sobrados pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Rosaura Batista sugeriu ainda que moradores que recebem Bônus Moradia estão dispostos a contribuir com os custos da canalização para o arroio, de modo a agilizar o processo. “Estamos na área há 10 anos e vamos resisitir lá”, afirmou.
Também participaram da reunião o advogado Felisberto Luisi, da Associação Anita Garibaldi, e os vereadores Toni Proença (PPL) e Elias Vidal (PV), além de diversos moradores.