Entre as reivindicações, centro cultural na Chácara Granata é pleiteado pela Associação de Moradores do Bairro.
O Bairro Teresópolis está localizado em um local estratégico para a Zona Sul. A Avenida homônima ao bairro se consolidou como porta de entrada para muitos daqueles que querem acessar outros lugares mais ao sul da capital. Mas, ao mesmo tempo em que ele cresce, recebendo conjuntos habitacionais, seus moradores reclamam da falta de atenção do poder público.
Nei Colombo chegou há alguns anos ao bairro e se identificou com o local e as pessoas. Tanto que já é o presidente da Associação Comunitária do Bairro Teresópolis (ACBT). Atento e preocupado, o jornalista elencou algumas frentes para 2012. Entre elas estão a falta de fiscalização por parte da Brigada Militar, a ausência de um posto de saúde para a comunidade e também a melhor conservação das praças. “Em muitos aspectos o bairro está abandonado”, afirma.
Mas, mesmo descontente com essas importantes questões, ele escolheu outra bandeira para defender este ano: deseja ver o terreno da Chácara Granata, localizado no número 3.052 da Avenida Teresópolis, se transformar em um centro cultural. O espaço, segundo ele, foi desapropriado pela prefeitura há dez anos. “Nós queremos que aquele terreno seja destinado à comunidade. Hoje ali é um espaço público que está fechado”, explica.
Nei Colombo salienta que já esteve junto com representantes da ACBT na prefeitura para informar-se sobre o processo do terreno, mas sempre escutou que está em andamento. “A gente já tem até um esboço que um arquiteto fez há alguns anos e é claro que ele precisa ser reavaliado, mas já se tem uma ideia de que é um espaço de cinco mil metros quadrados que poderia estar à disposição da comunidade”.

A técnica em meio ambiente, e estudante de gestão ambiental, Fernanda Giordani, é moradora do Teresópolis. Para ela, preservar a área é também dar valor a uma questão importante que vem sendo esquecida nas grandes cidades: a preservação ambiental. “Hoje se vê que a Chácara Granata é bem arborizada, até porque ela foi abandonada por um tempo e a vegetação foi crescendo e se estabeleceu ali do jeito que conseguiu”. Ela complementa lembrando que, junto à preservação ambiental, esse investimento iria melhorar inclusive a qualidade de vida dos moradores do bairro. “Preservar áreas assim é muito importante para a comunidade do bairro, para melhorar a qualidade de vida de quem mora aqui, que poderá ter uma área verde e respirar um ar mais limpo do que o do Centro, por exemplo”, explica.
A reportagem da Meu Bairro entrou em contato com a Secretaria do Planejamento para informar-se a respeito do andamento do processo e foi encaminhada para a Secretaria da Fazenda. Até o fechamento desta edição, nenhuma das duas autarquias havia respondido ao nosso questionamento.