A “Operação Sete Chaves”, desencadeada há alguns meses pelo Ministério Público em uma investigação na Procempa, continua fazendo apreensões. Na manhã desta terça-feira, 13, o MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. A investigação está em fase adiantada e quer apurar irregularidades praticadas por agentes públicos na Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, a Procempa.
Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, existem fortes indícios de que tenham ocorrido desvios de dinheiro público e fraude em licitações dentro da Procempa. O material apreendido será analisado e, em seguida, encaminhado à Justiça. O inquérito tramita em sigilo.
R$ 4,8 MI em prejuízos
A comissão que avaliou se houve fraude na Procempa apontou diversos desvios no funcionamento da empresa pública. Em um mês, foram descobertos casos de pagamentos sem sequer existir processo de contratação, superfaturamento em eventos, repasses irregulares de verbas e aquisições disfarçadas em rubricas diversas que geraram um prejuízo de pelo menos R$ 4,8 milhões.