Março! Chegamos a um dos meses em que eu sou mais procurada por empresas para eventos. Geralmente para palestrar sobre autoestima e empoderamento. Penso que isso é muito bom, debater assuntos como esses é fundamental, mas e depois do dia 08???? Sempre faço alguns questionamentos aos gestores:
- Depois do dia 08/março a preocupação com a saúde e bem-estar da mulher continua?
- Quem será o público?
- Por que você está promovendo esse evento?
Penso que um evento sobre o Dia da Mulher não pode haver limitação quanto ao público, para que faça efeito, é preciso abrir as portas para todas as pessoas. Por que esses eventos, geralmente, não têm homens?
Ainda hoje o senso comum traz a ideia de fragilidade quando se fala em mulher. “Jogue” no Google “Mês da Mulher” e verás quantas imagens cheias de flores, rosinhas, imagens meigas, aparecerão. Agora me responda, você pensa que toda mulher se identifica com essas imagens? Já te adianto que eu mesma não.
Precisamos falar sempre em autoestima, em empoderamento, na força da mulher, sem esquecer que existem mulheres de diversos estilos, com diversos pensamentos, com hábitos, crenças e convicções diferentes. E um viva à diversidade! Um viva ao ser que nasceu mulher, ao que se descobriu mulher depois de um certo tempo, ao que encara ser mulher com naturalidade, ao que enfrentou dificuldades para assim se assumir. Um viva ao ser que respeita e luta por esse empoderamento e àqueles que entendem a importância de tudo isso e fazem algo para melhorar todos os dias a vida de todas as mulheres, independente de ser março ou não.
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