Mulheres de diversos coletivos feministas promoveram no domingo, 28, uma manifestação pela legalização do aborto e contra o estatuto do nascituro no Parque da Redenção. O protesto, aconteceu em referência ao “Dia de Luta pela Legalização e Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe”, celebrado em 28 de setembro. Estiveram presentes os coletivos Juntas, Divergentes, Marcha Mundial das Mulheres, e entidades como o DCE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As manifestantes através de faixas, cartazes e palavras de ordem, denunciaram que o estatuto do nascituro representa um retrocesso nos direitos das mulheres, já que não permite o aborto em caso de estupro e obriga a vítima a criar vínculos com o estuprador. “Lugar de estuprador é na cadeia, não na certidão”, entoavam as mulheres. Na redação do Projeto de Lei está previsto, no caso de gravidez decorrente de violência sexual, que o estuprador deverá pagar uma pensão até que a criança complete 18 anos, caso o estuprador seja identificado.
Após uma caminhada na Redenção, as feministas encerraram o ato em frente à igreja Santa Terezinha, onde fixaram os cartazes e pediram que as doutrinas religiosas não interfiram na legislação ou no corpo das mulheres.