O impasse entre rodoviários, empresas e Prefeitura segue. A greve entra em seu segundo dia sem uma solução aparente. Os empresários dizem que não podem dar aumento aos rodoviários sem aumentar a passagem, os rodoviários dizem que não voltam ao trabalho se não houver aumento e a Prefeitura diz que não permitirá aumento no valor das passagens sem autorização judicial. Enquanto isso, nas ruas de Porto Alegre apenas 30% da frota está à disposição dos moradores.
O prefeito José Fortunati reassumiu o cargo nesta segunda-feira, 27, e convocou uma reunião emergencial para tratar da situação. Para ele os mais prejudicados até o momento são os moradores mais simples. “Com 30% da frota conseguimos manter apenas as linhas que passam pelas principais avenidas da cidade, as radiais e as transversais. Com isso, os mais prejudicados são os moradores das vilas populares, das comunidades mais distantes, que são aqueles que mais precisam do transporte público”, destacou Fortunati.
Prefeitura ingressará com pedido de liminar
Nas próximas horas a Procuradoria Geral do Município ingressará com um pedido de liminar para ampliar o percentual da frota que deve operar nos dias de greve. “Estamos pedindo que o Poder Judiciário determine que o serviço seja prestado com um mínimo de 50% da frota nos horários normais e 70% nos horários de pico. Frota inferior a isso é inviável e penaliza quem mais precisa”, completou o prefeito. A Procuradoria Geral do Município deve protocolar a ação cautelar com o pedido de liminar no plantão desta noite do Tribunal Regional do Trabalho.
Lotações podem transportar passageiros em pé e trafegar nos corredores de ônibus
Ontem à tarde a Prefeitura permitiu que as lotações transportem passageiros em pé durante a greve. Os veículos também estão autorizados a trafegar nos corredores de ônibus. A frota de táxis também foi alertada sobre a greve e está mobilizada. Os tempos das sinaleiras foram alterados nos principais eixos para dar uma maior agilidade ao transporte coletivo.