Ou Fortunati Turn Down For What
O que se espera de um comandante do executivo no amanhecer de uma madrugada com seis ônibus e duas lotações incendiados na capital do Estado? “Precisamos da Força Nacional” ou “Há um longo trabalho pela frente”. Vale salientar, ainda, que a primeira frase, além de ser do Prefeito José Fortunati, foi dita há meses. A segunda, do Governador José Ivo Sartori, hoje pela manhã.
A Primeira
José Fortunati, ciente das dificuldades que sofrem os cofres do Estado, e por consequência falta de efetivo, materiais de trabalho adequados e até mesmo pagamento do funcionalismo em dia, já estava chamando a atenção para o problema em setembro. =
A Segunda
De outro lado, o autor da segunda frase, governador José Ivo Sartori, também ciente das dificuldades do Estado, acredita que o trabalho é longo e que a população pode esperar e, de forma cidadã, compreender as dificuldades que estamos passando. A frase foi dita hoje pela manhã.
Surpresa
Ainda respaldado pelos votos que teve de forma surpreendente nas últimas eleições, Sartori se fecha em um casulo, dentro do Palácio Piratini. Três supermercados da Zona Sul de Porto Alegre foram assaltados nos últimos dois meses. Dois deles, mais de uma vez. O incansável trabalho da Brigada Militar faz com que os criminosos sejam presos, mas isso é o suficiente? Está certo o prefeito José Fortunati. Falta policiamento ostensivo, falta gente. E isso não se resolve com um sorriso e um tapinha nas costas. Se resolve com uma atuação enérgica.
Execute
Em muitos pontos a administração Fortunati pode ser discutida, mas não há dúvidas de que o Prefeito conhece Porto Alegre, tem um plano para a cidade e está executando, do jeito que pode, o que acredita ser o melhor. Sabe as prioridades e tenta fazer com que, mesmo com falta de recursos, as obras não parem e o mínimo – e mais importante – seja atendido. Há uma diferença entre falar da crise econômica como um problema que estamos enfrentando e usar ela como desculpa.
Durante a campanha Sartori foi questionado, incansavelmente, sobre seu projeto de governo. Muitas vezes titubeava, era reticente, dava respostas ou evasivas ou desajustadas, como no caso do dissídio dos professores quando disse que piso era coisa de Tumelero. Está na hora do governador parar com as retóricas e partir para ações concretas.
Os cofres estão secos, é preciso pensar em soluções, sejam elas com o aporte do Estado ou da União. É essa a tarefa de José Ivo Sartori nos próximos meses, não de Fortunati.
Confira a entrevista completa com o Prefeito José Fortunati na próxima edição impressa do Jornal Meu Bairro.
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