A auditório do Ministério Público da capital gaúcha discutiu na noite de segunda-feira, 26 o processo a dados para os resíduos sólidos urbanos. A audiência pública “A destinação do ‘lixo’ em Porto Alegre e a perspectiva da incineração” mostrou um panorama histórico dos problemas enfrentados, do custo coleta e transporte e dos problemas sanitários e sociais.

Para o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Lemos Dornelles, “Temos de discutir e, a partir disso, encontrar alternativas, porque tudo envolve o trabalho dos catadores e a saúde de toda a população” comentou logo na abertura dos discursos. Já a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Marta Leiria Leal Pacheco demonstrou a preocupação com os processos de incineração “Há leis que proíbem a prática em Maringá, no Paraná. Mas antes de replicar isso no Rio Grande do Sul, estamos buscando a maior quantidade possível de experiências existentes no mundo todo, para que se possa analisar o que é viável economicamente, ambientalmente e socialmente”.
Moradores também participaram da audiência
A audiência contou ainda com participação da população, que pode realizar perguntas aos convidados. “O MP está abrindo uma discussão para que a decisão não seja pautada apenas pela lógica econômica”, comentou o Promotor-Assessor da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Cesar Faccioli. Outro tópico debatido foram as condições de trabalho de catadores e outros trabalhadores da área. “Queremos ter a certeza dos empresários e gestores públicos de que não haverá problemas sanitários e sociais”, observou o Procurador Regional do Trabalho da 4ª Região, Rogério Uzun Fleischmann.