Nova York, por ser Nova York, está na mira de todos os grupos terroristas do mundo. Pode ser uma organização bem estruturada como a Al-Qaeda, como pode ser uma dupla de irmãos malucos que acreditam estar fazendo um bem para a humanidade em matar três pessoas completamente inocentes em Boston. Sei que minha editora vai se irritar, assim como sei que todos os dias dezenas são mortos no Oriente Médio em atentados terroristas, mas não tem como não se indignar diante de ambas as barbaridades. Li o livro “Filho do Hamas” há algum tempo e apenas concluí que essa é uma guerra sem fim, que existe desde que o mundo é mundo, e que ainda vai matar milhares, quiçá milhões de pessoas, e que já há algum tempo se vem se estendendo para o Ocidente, tendo os Estados Unidos, especialmente Nova York, como alvo principal. Não chega a ser surpresa para ninguém a revelação de que os dois malucos queriam fazer outro atentado na Times Square. Pois é, e é para lá que estou indo…
Mas os terroristas não são os únicos perigos que espero evitar encontrar em Nova York. Também não quero ter o desprazer de enfrentar furacão ou qualquer outro desastre natural. E também não quero terremoto quando atravessar o país para conhecer Los Angeles, San Diego, etc. Sou jornalista, mas nesse sentido sou um jornalista relapso. Prefiro que ocorra tudo na mais perfeita tranqüilidade e que o único furacão que atravesse pela minha frente seja alguma alucinação causada por dezenas de loiras geladas (ou qualquer outra coisa com qualquer tipo de alucinógeno). Os únicos criminosos que espero conhecer são os mafiosos de Las Vegas, mas mesmo assim, apenas como cliente das jogatinas, portanto, não vou confrontá-los em cenas de bang-bang cinematográficas.
Obviamente que com toda a exposição midiática que os atentados têm, já tem gente me perguntando se eu não vou com medo. Na verdade vou, mas com medo de avião. Minha maior preocupação ainda segue sendo as dez horas em que vou ficar dentro daquele monte de metal pesado que teima em querer ficar andando pelo ar de um lado para o outro…
Toda a hora sonho com essa porcaria. E com outros “medos” que terei que enfrentar. Noutra noite, sonhei que ninguém me entendia (o que é completamente verossímel). Só que eu não tinha onde dormir e não conseguia explicar onde estava hospedado, o que estava fazendo, etc. Foi horrível. Espero que fique apenas no sonho, ou melhor, no pesadelo.
Mas às vezes também tenho sonhos bons. Sonho que sou molestado por uma loira caliente que viaja sentada ao meu lado no avião ou que estou em algum ginásio imaginário assistindo ao New York Knicks. E, noutra noite dessas, sonhei que peguei a bola arremessada por alguém dos Yankees. Coloquei-a no bolso e fui embora, assobiando Carnaval em Veneza.
Enfim, por coisas boas ou ruins, o fato é que Nova York, hoje, e há muito, é o olho do furacão.
Hasta!
Nota da editora: relaxa, Ritter.