Janeiro e fevereiro são meses tradicionalmente complicados para os comerciantes. Com um grande número de portoalegrenses de férias e com dívidas contraídas dos investimentos de fim de ano, as vendas diminuem. Mas março, com a volta às aulas e as contas já estabilizadas, é o mês de alívio para a maioria. O volume de vendas aumenta e o lucro também. Na zona Sul, nos últimos dias, a situação começou a ser regularizada.
Rita Grigoletti é presidente do Grupo de Empresários da Tristeza e tem uma loja de roupas femininas. Seu comércio teve, em março, crescimento de 30% nas vendas. “Nossa nova coleção chegou, esse é o principal motivos do aumento nas vendas”, explica.
Compras de Páscoa ficaram para os últimos dias
Como na maioria das datas comemorativas, os portoalegrenses deixarão para os últimos dias as compras de Páscoa. É essa a expectativa da comerciante Mônica Wendling Alves que há pouco menos de um mês abriu uma empresa especializada na venda de chocolates. Com o comércio aberto no bairro Tristeza, ela viu nos últimos dias o movimento aumentar exponencialmente. “Nos primeiros dias, depois que abri, não vi muita movimentação. Já no último final de semana o volume de vendas aumentou bastante”, explica. Ainda de acordo com Mônica, os números esperados de vendas em 2013 devem ser alcançados.
Páscoa Premium
A Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS) prevê que a Páscoa 2013 tenha um aumento nos chamados produtos premium com maior valor valor agregado, principalmente para os chocolates. De acordo com a entidade, apesar do ritmo de crescimento modesto da economia, a atual conjuntura do mercado de trabalho e seus reflexos sobre o consumidor se constituem como o principal fator determinante dessa expectativa. “O Brasil se encontra em um processo de desenvolvimento em que a renda média apresenta expansão e melhoria de distribuição, elevando-se mais rapidamente entre os indivíduos mais pobres do que entre a população mais rica”, comenta o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Zildo De Marchi. Para ele, essa situação é comumente ilustrada pela ascensão da classe média, que, a despeito do critério utilizado para sua definição, agregou dezenas de milhões de pessoas desde o início da década passada.