A discussão acerca do decreto do prefeito Nelson Marchezan com mudanças no sistema municipal de ensino segue entre Secretaria Municipal de Educação (SMED) e educadores. Ao contrário do que disse no início do ano letivo, a SMED agora admite que o secretário de Educação, Adriano Naves de Brito, tem mantido diálogo com a Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (ATEMPA) acerca das mudanças, mas continua implementando as diretivas do decreto em sala de aula.
De acordo com a ATEMPA, as medidas que estão sendo tomadas visam apenas a economia em detrimento do ensino público. Os professores argumentam também que não foram consultados sobre as mudanças e que foram avisados das mesmas faltando apenas duas semanas para o início das aulas. Eles citam também que com as medidas professores serão trocados de escola, os alunos terão 25 minutos a menos de aula por dia e as crianças de Jardim A até A30 (3º ano) não terão mais acompanhamento dos professores para realizar refeições na escola como principais motivos para as iniciativas contra o decreto. ” Todos terão que almoçar ao meio-dia, sem auxílio dos professores, só que nossos refeitórios só tem espaço para três turmas ao mesmo tempo.”, dizem em material de divulgação à comunidade.
Outra medida muito debatida é com relação ao horário da reunião pedagógica e do conselhos de classe nas escolas, momento em que os professores deveriam estar conversando entre eles sobre o desenvolvimento de cada aluno. De acordo com o decreto, esses momentos foram transformados em atendimento ao aluno, sem que seja dito quem fará isso.