Os municipários de Porto Alegre realizaram um ato na sede do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) na terça-feira, 14. De acordo com o Sindicato dos Municipários (Simpa), o protesto ocorreu em defesa do Dmae, contra a privatização, terceirização e sucateamento do departamento. Após o ato na sede do Dmae, na Rua 24 de Outubro, os manifestantes realizaram uma passeata até o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV). No local, eles também protestaram em defesa do hospital, contra a provatização e terceirização dos serviços.
De acordo com a Prefeitura, o Simpa está descumprindo compromisso declarado na justiça. Na segunda-feira, 13, o sindicato assumiu compromisso na 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre de que não iria impedir a prestação dos serviços públicos essenciais durante a greve, como impedir a entrada e saída de servidores, de veículos, e o acesso da população aos serviços.
A nota divulgada pela Prefeitura diz que “a direção e representantes do Simpa já promoveram truculentas invasões a prédios públicos onde provocaram perturbação aos servidores, com prejuízo ao bom atendimento à população. Os manifestantes invadiram a Prefeitura Municipal, as secretarias da Saúde e da Educação, além de instalarem piquetes em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Também trancaram importantes cruzamentos da Capital. As ações do Simpa seguem sendo pautadas pelo ódio, a falta de civilidade e agressão à democracia e em nada contribuem para a resolução da grave crise financeira do município. Também agravam o atendimento em áreas essenciais como as da saúde e educação. A greve de uma categoria não pode paralisar a cidade e prejudicar os que mais precisam dos serviços prestados pelo Município”.
Já o Simpa declarou em nota que já enviou 11 ofícios solicitando uma reunião com o prefeito Nelson Marchezan Júnior para tratar das pautas dos funcionários do município. Destes, apenas um ofício teria sido respondido, mas a reunião nunca foi marcada. “E agora, o prefeito vai à imprensa dizer que sempre esteve aberto ao diálogo e que receberia o SIMPA […] Tudo que exigimos são respeito e abertura de negociação sobre a pauta de nossa data-base. Respeito que o prefeito parece não merecer, pois mente e calunia, não dialoga e acusa com inverdades a direção do SIMPA e os trabalhadores, tentando dizer que a direção do sindicato é composta de militantes partidários, como se isso fosse um crime”, declara o sindicato.
Há 16 dias em greve, o sindicato realizou na manhã de hoje um ato em frente ao Previmpa, no centro de Porto Alegre. E na sexta-feira, 17, o sindicato participa de protesto junto a estudantes pelo meio passe, no Colégio Parobé.
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