Na última quinta-feira, 18, o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) esteve em duas unidades de saúde da Capital. Em ambas os sindicalistas encontraram problemas. Os locais visitados foram o Centro de Saúde Navegantes e Unidade de Saúde Modelo em Porto Alegreo onde a diretora do sindicato, Alessandra Felicetti, constatou uma série de problemas que impactam no atendimento.
De acordo com o Simers, no bairro Navegantes, foi constatada a carência de profissionais. “A equipe é formada por dois médicos clínicos, dois pediatras, dois ginecologistas e uma enfermeira. O número é considerado insuficiente para atender a demanda de público.”. O Simers informa que são agendadas 40 consultas no local semanalmente. As filas para a marcação iniciam na madrugada das segundas-feiras. Conforme o relato dos atendentes, muitas pessoas não conseguem atendimento e precisam aguardar outra semana para obter uma consulta. “Apesar de estar bem localizado, na avenida Presidente Roosevelt, na Zona Norte, o prédio tem problemas de conservação e os funcionários convivem com a falta de equipamentos básicos para o trabalho diário, como material de limpeza. As reclamações sobre o agendamento telefônico são constantes, principalmente por parte dos idosos.”, diz o Simers através da sua assessoria.
Já na Unidade de Saúde Modelo, faltam até mesmo agulhas no ambulatório de dor e acupuntura. A médica responsável depende de doações para realizar o atendimento. A coordenação do posto informou que a atual estrutura, com 11 médicos de família, três clínicos e sete equipes de saúde da família, ainda necessita de ajustes. Localizado próximo da região central da Capital, a área de atuação da Unidade atinge 120 mil pessoas, sendo que 8% é formado por pessoas acima de 80 anos.