A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre divulgou hoje um novo relatório dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. De acordo com a autarquia municipal, a capital contabiliza 94 casos confirmados de dengue, um caso importado de zika (do Mato Grosso) e um caso importado de febre chikungunya (viagem a Fernando de Noronha) entre o início do ano e o dia 15 de março. Do total dos casos de dengue, 31 são importados, ou seja, pacientes que foram infectados durante período de viagem, e 63 casos têm infecção contraída na Capital, os chamados casos autóctones. Dos casos autóctones, a maioria se concentra no bairro Vila Nova (47).
De acordo com a bióloga Maria Mercedes Bendati, da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), a situação atual requer monitoramento para a doença. “É preciso manter o alerta se aumentarem os casos nesses bairros, apesar das ações de controle que estão sendo realizadas.” Conforme a técnica da CGVS, existe ainda a possibilidade de um maior número de casos autóctones na cidade. Por essa razão mantém-se a relevância da notificação no serviço de saúde em casos suspeitos de dengue. Nos bairros onde já foram confirmados casos, é fundamental que os moradores realizem uma vez por semana a remoção dos criadouros (locais com água) do mosquito Aedes aegypti, a fim de reduzir a presença do vetor nessas áreas.
Ações no Vila Nova estão dando resultado, de acordo com Prefeitura
No Vila Nova, a CGVS instalou 19 armadilhas de monitoramento de mosquitos adultos. As fêmeas do Aedes aegypti é que picam seres humanos e podem transmitir os vírus das doenças caso estejam infectadas. Para ser infectado, o inseto precisa picar uma pessoa com o vírus e depois de alguns dias, passará a transmitir esse vírus para seres humanos por meio da picada. As vistorias nas armadilhas instaladas no Vila Nova indicam que o índice de infestação diminuiu na área.
No entanto, a análise laboratorial da coletas de fêmeas na semana de 28/02 a 5/3 indicou a presença do vírus da dengue em um mosquito capturado em uma das armadilhas do bairro, o que aumenta o risco de transmissão viral. Por essa razão, a prefeitura tem mantido ações no bairro de forma permanente, como aplicação de inseticida, visitas domiciliares e ações de fiscalização ambiental.