Vocês acompanharam na edição do Mãe Gaúcha da semana passada uma visita super especial do Pietro no programa AO VIVO. (Você não conferiu? clique aqui.) Eu tenho o Pietro de três anos que mama no peito ainda, mama em livre demanda. E o que é mamar em livre demanda? Existe a amamentação tradicional onde o pediatra que acompanha a mamãe e vai qualificar qual o tempo ideal para mamãe amamentar ou quando o bebê chorar ele vai ser amamentado. Na livre demanda o bebê toma leite sempre que quiser, então não tem um horário pré-estabelecido. O Pietro tem 3 anos e ainda mama no peito. A gente ouve na gestação muitas crenças que ainda limitam quanto a amamentação, muitos medos. Eu sempre digo que a gestante passa por adaptações físicas, hormonais e emocionais no período gestacional e sempre que a gente puder dar uma palavra de incentivo para uma mãe é muito importante, porque a gente tem muitas crenças e muitos medos sim.
A gente vê na internet inúmeras reportagens: que pode romper o bico do peito, que o peito vai cair, que amamentar dói, que a criança não dorme direito… Para uma mãe que está imersa em tantos sentimentos e tantas adaptações e na hora do parto ainda vem um ser novo, com mais uma tonelada de emoções em cima dela, muitas vezes esse medo acaba tomando conta da mãe que fica imersa nesse medo e não consegue amamentar.
Hoje, graças a Deus, muitos profissionais estão trabalhando com consultoria de amamentação. E eu sei que aqui em Porto Alegre e na Região Metropolitana tem profissionais qualificados para trabalhar com isso. Contrata essa profissional, ela vai até o hospital e ela auxilia todo o processo para mãe conseguir amamentar sem dor, sem qualquer dificuldade por mais que o leite não saia e isso pode acontecer, dependendo o medo em que esse mãe se encontra, do processo físico e emocional, ela consegue um grande percentual de sucesso e a mãe consegue passar a amamentar sim.
É importante que a gente lembre da campanha do Ministério da Saúde falando sobre amamentação. A gente sabe que amamentar é importante. Mas existem estudos científicos que comprovam que a saliva do bebê, ao entrar em contato com o bico do peito da mãe, as glândulas mamárias informam para o cérebro da mãe a necessidade do bebê. Então o cérebro da mãe acaba customizando o leite. Existe um estudo científico que mostra dois tipos de leite, em momentos diferentes, com a quantidade de gordura e de anticorpos diferentes. Um leite era quando o bebê, de uma determinada faixa etária, estava bem de saúde e o outro era quando ele estava resfriado. E aí mostra uma textura completamente diferente. O organismo da mãe customizou e fez um leitinho todo especial com mais anticorpos para o bebê.
Então, a cada faixa etária do bebê, o leite da mãe é diferente. Quando a mãe se questionar: “Mas eu tô muito cansada. Será que ainda é necessário amamentar?”. Há três anos eu amamento e posso garantir para vocês que os benefícios são inúmeros. Supera qualquer cansaço, superou todas as minhas crenças, meus mitos, meus medos. E todo aquele palavreado também de que “Vai sair na rua, alguém vai olhar”. Posso garantir que a minha postura é tão confiante, tão amorosa para amamentar meu filho, que se alguém olhou eu realmente não percebi. Amamente e, se você conhece uma gestante, fale para ela dos benefícios e o quão importante é amamentar.