O projeto da Casa de Cultura da Zona Sul tem ganhado força e apoio de diversas instituições. A ideia de transformar o antigo Fórum da Tristeza, na Rua Landell de Moura, em um Centro Cultural, é genuinamente comunitária e está mexendo com os moradores da Zona Sul. Até mesmo o Poder Executivo, através do Diretor da Secretaria de Governança, Plínio Zalewsky, em matéria na Revista Meu Bairro, se prontificou a ajudar no projeto caso o Estado decida doar o local à comunidade.

Ângela Pellin, presidente do Centro Comunitário de Desenvolvimento (CCD), é a maior interessada em que esses apoios sensibilizem o Governo do Estado e que a área, que hoje é motivo de disputa judicial, seja doada à comunidade. Ela, que é uma das idealizadoras do projeto, espera que ainda esse ano uma decisão seja tomada com relação ao antigo Fórum. “Há mais de dez anos eu vinha procurando um lugar para a gente ter espaço para manifestações culturais na Zona Sul. Logo que eu pensei no antigo Fórum, nós manifestamos essa vontade de ter um museu e um memorial ali”, recorda.
Ângela lembra que o projeto teve início em 2005, quando foi apresentado ao então Governador do Estado, Germano Rigotto, a ideia de trazer um Centro Cultural à Zona Sul da Capital. No projeto, o espaço abandonado, que outrora abrigava o Fórum da Tristeza, passaria a contar com uma biblioteca, oficinas de arte e artesanato, laboratório para a restauração de acervos e assim por diante. “Ele (Germando Rigotto) achou muito interessante, mas havia um impedimento jurídico que era a inexistência de uma lei que possibilitasse uma parceria públicoprivada, agora nós já temos essa Lei”, salienta.
Com o passar dos anos esse projeto foi se desenrolando. Sem desistir da ideia, Ângela agora busca parceiros para seguir na empreitada. Ela diz não entender uma matemática da região. “A Zona Sul tem 70% dos artistas de Porto Alegre, mas não tem espaço para que essas pessoas manifestem aqui a sua cultura. Elas têm que ir para o Centro”, salienta e completa: “Como uma cidade de 1,5 milhão de habitantes aceita que a cultura esteja só em seu Centro-Histórico? A comunidade da Zona Sul está pedindo o Centro Cultural aqui. O que falta um pouquinho é acertar essa questão jurídica”.
Secretaria do Estado indica que local está sendo analisado juridicamente.
Através de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Cultura disse à reportagem da Revista Meu Bairro que a situação do local está sendo analisada. Sem negar a possibilidade do local se tornar um Centro Cultural, a assessoria lembra que a decisão depende, também, de um parecer jurídico para que se saiba a viabilidade do uso do prédio. Segue a nota:
“A secretaria de Estado da Cultura tem em análise várias opções de uso do complexo de prédios da Tristeza. Uma delas pode ser um Centro Cultural.
A decisão depende também de parecer jurídico para saber da viabilidade de uso. Aqueles prédios, por determinação judicial pertentem à Susepe e à Secretaria da Cultura.
Há um estudo em andamento sobre o melhor aproveitamento do espaço visando o benefício ao cidadão e as políticas públicas de cultura.”
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Coloquem o link da causa no Poacc nas matérias para que as pessoas possam apoiar e colaborar com ideias 😉